Reunião na AR do GPPS com o CRUP |
Alberto Martins, líder da bancada socialista, falava aos
jornalistas no final de uma reunião entre a direção do Grupo Parlamentar do PS
e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).
Depois de o presidente do CRUP, António Rendas, se ter
recusado a prestar declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PS
apresentou um quadro preocupante sobre a atual situação da generalidade das
universidades portuguesas.
"As universidades estão numa situação extrema, de
limiar de condições dignas em termos de funcionamento. Têm um reconhecimento
internacional muito significativo, mas as condições criadas quanto à sua
autonomia, em termos de contratação pública, contratação de docentes e de meios
para o ensino e investigação são extremamente gravosas", apontou Alberto
Martins, cuja bancada tem uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para
2014 para eliminar os cortes propostos pelo Governo em relação às universidades
e politécnicos.
O presidente do Grupo Parlamentar afirmou depois estranhar
a atuação do Governo em matéria de Ensino Superior, "porque as
universidades são o centro fundamental para o desenvolvimento da economia e
para novos projetos de afirmação e internacionalização de Portugal".
De acordo com Alberto Martins, o CRUP comunicou ao PS
"a existência de riscos graves de as universidades portuguesas terem
grandes recuos em termos de ensino, formação, investigação e capacidade para
manter os níveis alcançados nos 'rankings' internacionais".
"Os cortes que estão a ser feitos violam os
compromissos e contratos programas estabelecidos com as universidades
portuguesas. O CRUP considera que as condições de vida digna e eficaz são muito
preocupantes. O PS está apreensivo, porque está em causa a formação dos
portugueses e a abertura da universidade a setores mais amplos da sociedade
portuguesa", sustentou Alberto Martins.
Neste contexto, o líder da bancada socialista recusou a
perspetiva de "uma universidade elitista", defendendo em contraponto
"uma universidade alargada, de qualidade, com capacidade para contratar os
mais qualificados ao nível da difusão do saber".
"Isso está em causa, assim como a própria
internacionalização das universidades portuguesas. O Governo fala muito na
internacionalização da economia, dos centros de excelência, na capacidade
científica, na inovação e na capacidade tecnológica, mas isto está sedeado nas
universidades. As universidades são o motor desse desenvolvimento",
acrescentou.
PMF // SMA