1. Em 28 de
fevereiro de 2011 os deputados do PSD eleitos por Viseu escreveram numa
pergunta que deu entrada na AR: “Exige-se
que a auto-estrada de ligação de Viseu à A1 (Coimbra) seja avaliada
autonomamente, numa lógica de auto sustentabilidade, dentro do princípio de uma
construção que poderá ser efetuada num regime de conceção, construção,
exploração.”
Dois anos após,
apesar de um dos subscritores integrar o ministério responsável por esta obra e
o ministro ser de Viseu e o secretário de estado responsável ser de Mangualde,
o que é que os viseenses sabem desta via estruturante? Nada.
2. Em 31 de
Março de 2010 os deputados de Viseu, do PSD e do CDS, apresentaram na AR um
projeto de resolução, que foi aprovado, que recomendava ao governo “a manutenção em atividade do serviço de
finanças Viseu 2”. E dizia mais esse projeto, que era assinado por um membro
do atual governo e presidente da assembleia municipal de Viseu: “Com o encerramento deste serviço, que serve
metade das 34 Freguesias do Concelho de Viseu, ir-se-á verificar uma excessiva
concentração nos serviços existentes com manifesta diminuição da qualidade dos
serviços aos utentes (…). O facto de o Serviço de Finanças Viseu 2 ficar no
Centro da cidade não ajuda em nada, pois a concentração num só ponto vai
provocar constrangimentos no atendimento e no acesso.”
E ainda sobre
este tema escreveram em 16 de agosto de 2010: “vai ou não o governo cumprir a resolução da AR reabrindo o serviço de
finanças Viseu 2? (..) Prepara-se o senhor ministro Teixeira dos Santos para
defraudar os interesses dos viseenses e ignorar uma recomendação da AR?”
Afinal dois anos
depois de estar em funções onde foi reaberta a repartição de finanças Viseu 2?
E mais, a solução agora é o encerramento generalizado de repartições em todo o
distrito e em todo o país?
3. Em 28 de
outubro de 2010 os deputados do PSD escreveram: “A ligação à cota alta, alternativa à EN 222, S.J.Pesqueira, Tabuaço e
Armamar à A24 no nó de Valdigem, incluindo a ligação do nó de Barcos, em
Tabuaço, ao IC 26 em Moimenta da Beira, seria fundamental e decisiva no sentido
de prosseguir a política de coesão territorial e social e, sendo de
proximidade, se transformaria em fator de crescimento da economia e do
emprego.” E queriam, portanto, saber qual a prioridade do anterior governo para
esta via.
Porém, volvido
este tempo de governação o que é que os durienses conhecem sobre as prioridades
do atual governo para esta via, quando dois dos subscritores são hoje
governantes?
Não acho
empolgante esta luta entre a memória e o esquecimento. Porém, se não fizesse
este exercício de memória, estava a eximir-me à responsabilidade de escrutínio
do governo e dos governantes que é, porventura, a tarefa primeira de um
deputado.
BOM ANO DE 2013,
COM SAÚDE, PARA TODOS.
Acácio Pinto
Jornal do Douro | Notícias de Viseu