O PS promoveu no dia 20 de dezembro o seu jantar de Natal, em Lisboa, que juntou os deputados à assembleia da república, os eurodeputados, o secretariado nacional e os colaboradores que desenvolvem a sua atividade quer no largo do Rato quer no parlamento.
As intervenções estiveram por conta do presidente do grupo parlamentar, Carlos Zorrinho, e do secretário geral, António José Seguro.
Na sua intervenção o secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de ter feito "uma trapalhada monumental" no
agora suspenso processo de privatização da TAP e advertiu que os socialistas
serão inflexíveis contra a falta de transparência nos negócios públicos.
"Quero ser muito claro: esta
é uma trapalhada monumental do primeiro-ministro e o PS tem exigido desde o
início transparência, porque a TAP não é uma empresa qualquer e os negócios
públicos não se gerem como negócios privados. Estamos a falar de recursos do
país e de dinheiro dos contribuintes", disse no seu discurso.
Depois, António José Seguro
deixou um aviso em matéria de privatizações: "No PS seremos
inflexíveis".
"Exigiremos transparência
até ao final e exigiremos que essa transparência sirva o interesse nacional.
Por isso, os portugueses têm todas as razões para estarem desiludidos com este
primeiro-ministro e para cada vez mais confiarem no PS", realçou.
Na sua intervenção, o
secretário-geral do PS colocou igualmente um conjunto de dúvidas sobre a forma
como o processo decorreu.
"Faz algum sentido que o
Parlamento queira informação, transparência e esclarecimento e os membros do
Governo se recusem a ir à Assembleia da República para tudo acabar na
trapalhada monumental de hoje. Quando o comprador [da TAP] já tinha bilhete
marcado e data marcada para vir no dia 27 [deste mês], o Governo decidiu que
afinal, por agora, não vai fazer essa privatização", afirmou.
António José Seguro acusou ainda
Pedro Passos Coelho de estar "a faltar à verdade" quando diz que o PS
se quer furtar ao debate sobre a reforma do Estado.
"Senhor primeiro-ministro
não confunda os portugueses. O senhor o que quer é cúmplices para cortar quatro
mil milhões de euros nas funções do Estado, mas para isso não conta com o
PS", afirmou Seguro.