Assim como o crescimento eterno, também a austeridade perpétua está condenada ao fracasso. E se isto parece elementar para qualquer pessoa dotada de um mínimo de bom senso, tal não se passa na mente desses políticos iluminados que nos governam, nomeadamente, Passos, Portas e Gaspar, para quem o erro não é deles nem das suas políticas mas da realidade.
São muitos, quase todos, e vindos de todos os quadrantes, aqueles que hoje se insurgem contra as medidas que têm vindo a ser seguidas por este governo e que são amplificadas no orçamento para 2013, ou melhor na bomba fiscal, que foi aprovada no dia 27 de novembro na Assembleia da República pelo PSD e pelo CDS.
O PS votou contra e podemos dizer que fez o que devia. Porém os seus votos conjuntamente com todos os outros que votaram contra não chegaram para rejeitar este documento nocivo para Portugal e para os portugueses.
Resta-nos continuar. Continuar a lutar todos os dias e a propor medidas alternativasa a esta austeridade cega destes eurocratas "merkelizados". Lutar em favor de todos quantos em 2013 verão a sua vida com menos rendimentos, com menos empregos, com menos qualidade.
António José Seguro disse a este propósito durante a discussão do OE 2013: «Não existe uma segunda oportunidade para votar este Orçamento, nem há margens para enganos, muito menos para voltar ao início. Não há lugar a desculpas nem álibis. Este é um dia sem regresso, onde cada um de nós parte acompanhado com a responsabilidade do nosso voto.»