A apresentação de O Emigrante, o último romance de Acácio Pinto, em Castelo Branco obteve uma
grande adesão por parte dos albicastrenses, no final da tarde de 3 de dezembro,
na sede da Junta de Freguesia.
Numa sala completamente lotada o presidente da Junta, José
Pires, saudou o autor, disse da abertura da autarquia a estas iniciativas e teceu
várias considerações positivas sobre a obra que disse já ter lido e teceu várias considerações sobre o fenómeno da emigração. Assumiu-se,
igualmente, como um autor de ficção e disse que quem escreve este tipo de
narrativas, como é o caso dele, é um “ladrão de ideias” uma vez que os textos
resultam em tantas circunstâncias de histórias que se vão ouvindo.
Depois foi a vez de Hortense Martins, uma albicastrense de
gema, filha de emigrantes, gestora de empresas, brindar a plateia com uma
intervenção genuina e emotiva escutada por todos em silêncio. Foi um texto deapresentação da obra e também um revisitação aos seus tempos de infância, sem esquecer
de nos dizer, com palavras emotivas, que, para si, o seu pai era “o emigrante
mais querido”.
E, retoricamente, questionou: “O que sente uma pessoa quando lê
este livro e viveu na pele o que as letras descrevem, depois de 60 anos?!”
E responde de seguida, quando já estão passadas seis décadas “desde
esse dia longínquo mas sempre presente que, de tão marcante, se entranhou na
pele”: “Lê a sorrir, pela homenagem que sente que também lhe é feita. E que lhe
permite dizer: Isto foi mesmo assim. Vivi tudo isto.” E remate, dizendo: “Venceste!”
Hortense Martins disse ainda que “quem viveu esta história de
emigração, fica comovido, assim como os que ouviram falar dessas histórias que
marcaram várias gerações ou ainda os que pretendem saber das histórias reais
desses tempos.”
E terminou dando os parabéns ao autor: “Parabéns, Acácio Pinto,
por esta oportunidade de leitura, que nos emociona, mas também nos faz refletir
nesse passado da grande vaga da emigração, neste tempo em que Portugal recebe
os imigrantes de várias partes do mundo, porque agora também somos um país que
precisa dessa mão-de-obra para crescer e se desenvolver à semelhança de tantos
outros países desta velha Europa, onde nos inserimos.”
O autor, que se lhe seguiu, agradeceu ao Presidente da Junta as
palavras e a disponibilização das instalações, a Hortense Martins a
apresentação da obra e a Maria de Lurdes Gouveia Barata (Milola) a seleção de
poemas sobre emigração, de Manuel Alegre, que leu no final da sessão. Partilhou
igualmente com os presentes alguns pormenores relacionados com a obra que,
referiu, tem por base as suas memórias e muitas conversas com emigrantes e
ex-emigrantes, um deles presente na sala, Joaquim Martins, que lhe tinha
contada a sua experiência de emigração a salto para França nos anos 60.
O
Emigrante, uma edição Letras e Conteúdos, é um livro que já vai na segunda edição e está a ter uma
enorme adesão por parte dos leitores.
Em Castelo Branco o romance pode ser adquirido na loja Correios Storm –
Castelo Branco.
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