Mais de cem pessoas quiseram marcar presença no lançamento
do novo romance de Acácio Pinto, O Emigrante – A saga de uma família abaladapor segredos antigos.
O evento que teve lugar na Biblioteca Municipal de Sátão
contou com uma intervenção de boas vindas por parte de Zélia Silva, Vereadora da Educação
e Cultura, que também partilhou algumas palavras sobre o romance, a que se seguiu
a apresentação da obra por parte do professor e escritor Carlos Paixão, que
dissecou de forma erudita e sapiente sobre as várias vertentes do romance: os aspetos espácio-temporais, muito ancorados na região, os aspetos e tramas
romanescas, referindo que o autor abriu o seu “baú de memórias” e trouxe aos leitores mais uma obra marcante de uma época e de um tempo.
De seguida, o autor, Acácio Pinto — agradecendo ao município,
ao apresentador da obra pela disponibilidade e excelente partilha da sua
leitura, a todas as entidades e pessoas presentes — focou-se mais no tema
subjacente ao livro, a emigração. Deixou uma análise social, demográfica, económica
e política de Portugal nos anos 60, rematando que nessa conjuntura a emigração,
quase toda a salto — o regime não facilitava a saída para o estrangeiro de
portugueses — acabava por ser a única hipótese de se almejar uma vida melhor.
Alexandre Vaz encerrou as intervenções dando os parabéns ao
autor por mais este livro partilhando de seguida a sua leitura da obra. Referiu ter gostado muito de ler o livro, pelo que ele diz a tantas e tantas pessoas e que aquela foi uma realidade que ele próprio bem conheceu. Enalteceu o evento e disse que a
autarquia está aberta a continuar a apoiar estas iniciativas.
A finalizar foi dada a voz ao público que efetuou questões ao autor, sobre diversos aspetos do livro; que deixou testemunhos sobre emigração a salto; e que questionou diretamente o autor sobre projetos futuros,. Neste tópico o autor viu-se 'forçado’ a revelar, tal foi a objetividade de uma questão, que havia um romance já escrito mas ainda não depurado nem revisto, inspirado na vida de um jesuíta do concelho de Sátão que foi expulso de Portugal, pelo Marquês de Pombal, no século XVIII e que teve uma vida de aventura pela Europa dessa época — segunda metade do século XVIII e início do século XIX. Esta foi uma importante revelação feita pelo autor antes de passar à sessão de autógrafos.

