1. Fernando Ferreira, natural do
concelho de Sátão, mais conhecido por FF, entrou para o léxico dos campeões, há
muitos anos, na modalidade de boccia. Homem dotado de um forte carácter, de uma
indómita vontade de superação, de uma entrega absoluta às causas em que se
envolve, o Fernando demonstra, dia a dia, que é sempre possível ir mais além
desde que se acredite, desde que nos entreguemos às missões em que nos
envolvamos, sejam elas de natureza profissional, de lazer, ou de relacionamento
humano.
Pois bem, o FF sagrou-se, mais
uma vez, campeão europeu, no caso bicampeão, na modalidade de BC 2 (boccia), no
campeonato europeu da modalidade, prova que reuniu 135 atletas de 25 países, na
cidade de Guimarães.
É com certeza um feito com um
forte cunho pessoal, como foi quando foi campeão nos jogos paralímpicos, mas é
também, sem dúvida, o mérito do apoio permanente da família e de várias
instituições locais, regionais e nacionais, de que destaco, no caso vertente, a
APCV (associação de paralisia cerebral de Viseu).
E neste destaque ao Fernando
Ferreira é justo que associe mais dois outros satenses que, recentemente,
também se destacaram de uma forma especial. Refiro-me ao João Lopes, de 22
anos, estudante na universidade de Aveiro, que desenvolveu, ao longo dos
últimos dois anos, o primeiro simulador mundial de futsal e o José Armando Gouveia
Sousa que se sagrou campeão nacional de tiro aos pratos.
2. Para quem, como eu, votou na
Assembleia da República contra a, ainda hoje, inexplicável extinção de 1147
freguesias em todo o país, sendo 95 no distrito de Viseu, foi um grato prazer
ouvir o secretário-geral do PS, António José Seguro, dizer na convenção
nacional autárquica do partido socialista que um futuro governo do PS revogará
a lei de reorganização de freguesias e a lei de compromissos, bem como
procederá à revisão da lei das finanças locais para reforçar as competências
das autarquias.
Todos nos lembramos muito bem da
forma impreparada e atabalhoada como todo este processo foi conduzido por este
governo, do PSD e do CDS e por Miguel Relvas, e os resultados estão à vista de
todos. Perdeu-se em proximidade com as populações, perdeu-se em eficiência de
decisões, perdeu-se, afinal, em presença do estado no território nacional.
3. Não fora a intervenção da CNE
(comissão nacional de eleições) e estávamos vertiginosamente a entrar no tempo
das trevas na capital do distrito de Viseu.
Como é possível ter que se recorrer à CNE para determinar da legitimidade do CDS para utilizar a praça da República (Rossio), para apresentação da candidatura de Hélder Amaral à câmara municipal de Viseu?
Como é possível ter que se recorrer à CNE para determinar da legitimidade do CDS para utilizar a praça da República (Rossio), para apresentação da candidatura de Hélder Amaral à câmara municipal de Viseu?
Acácio Pinto