E o que fez Ângelo Correia, perdão, Passos Coelho, neste contexto? Deitou mais óleo para a estrada: ameaçou com uma crise, lançou ultimatos, fez chantagem e agora até ameaçou com moção de censura.
E fez mais: apresentou uma proposta de revisão que, a ser aprovada, despede por motivos atendíveis, desmantela o SNS, privatiza a Segurança Social e termina com a Escola Pública.
Ou seja, em tempo de grave crise, as suas marcas distintivas são abrir mais uma crise e resolver os problemas criados pelos “donos do dinheiro” através da penalização dos mais dependentes do Estado Social que ele, em duas penadas, quer, constitucionalmente, liquidar.
Pois bem, que chumbe o Orçamento, que cumpra com os desígnios mais profundos dos seus “treinadores”, que continue a ouvir os tais economistas que ajudaram (e de que maneira) a abrir a cova em que nos encontramos… enfim, que vá até ao fim, na sua cegueira de colocar os seus interesses meramente partidários à frente dos interesses nacionais!
Resta a Portugal a esperança de que Cavaco Silva ainda seja ouvido e, sobretudo, escutado para os lados deste “lobbyzado” PSD.