Avançar para o conteúdo principal

(Opinião) Medidas difíceis e corajosas!

A história tem-nos mostrado ciclos destes ao longo do tempo. Portanto, não cabe aos políticos e aos detentores democráticos do poder escolher governar neste ou naquele contexto sócio-económico e político, muito menos hoje quando todos os factores interagem globalmente.
O que cabe aos líderes políticos que se encontram no poder ou na oposição é terem a coragem de tomarem as medidas políticas que possam dar uma resposta aos problemas com que se confrontam os seus países e os seus concidadãos.
É disto que se trata também hoje e agora em Portugal.
Agir, num contexto de grave crise internacional, para equilibrar as contas públicas e sem colocar em causa os fundamentos basilares nas nossas opções fundamentais, neste caso o Estado Social, ou seja o Estado que se preocupa com as pessoas e que tenta por via fiscal e por via do apoio social ajudar quem mais precisa, seja na saúde, na educação ou na segurança social.
E neste contexto, as recentes medidas de austeridade que foram apresentadas por José Sócrates na semana passada, que nenhum líder toma de ânimo leve, são difíceis para os portugueses, mas são corajosas e respondem aos problemas enunciados. E são difíceis e corajosas porque cortam na despesa e como tal no rendimento de muitas famílias através da redução do salário e ainda aumentam alguns impostos que se financiam no consumo de todos os portugueses, como é o caso do IVA.
Mas há um dado relevante a ter em conta, é que 2/3 do valor envolvido neste plano virá da redução da despesa do Estado e só 1/3 do aumento de receita.
Os dados estão lançados. Resta agora aos partidos, nomeadamente ao PSD e a Passos Coelho, fazerem opções claras: se querem ser responsáveis ou se querem mais uma crise, sobre a actual crise.
Os portugueses vão estar atentos.

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Murganheira: O melhor espumante de Portugal!

LETRASECONTEUDOS.PT Ficam no concelho de Tarouca, em Ucanha, a norte do distrito de Viseu, e são um mundo escondido sob aquela colina revestida pela vinha alinhada e bem verde, no verão, antes da colheita das uvas touriga, tinta roriz, gouveio, cerceal, chardonnay ou pinot . Trata-se das Caves da Murganheira e ali estão há mais de 60 anos.  Situadas num espaço magnífico, de transição entre a Beira e o Douro, as Caves da Murganheira conjugam modernidade e tradição. A modernidade do edifício onde se comercializa e prova o segredo encerrado em cada garrafa de espumante e a tradição das galerias das caves "escavadas" a pólvora e dinamite naquele maciço de granito azul. E se no edifício de prova - com um amplo salão, moderno e funcional, com uma enorme janela aberta sobre a magnífica paisagem vinhateira, que encantou os cistercienses - é necessário ar condicionado para manter uma temperatura, que contraste com o agreste calor estival, já nas galerias subterrâneas a temperatura...