Avançar para o conteúdo principal

(Opinião) Fazer o trabalho de casa

1. Medidas políticas - O Governo, de forma corajosa, apresentou quarta-feira, aquelas que serão, as principais medidas políticas para combater a crise e equilibrar as contas públicas. Medidas difíceis, muito difíceis para os portugueses, mas uma forte resposta, à fúria e ganância voraz dos “donos” do dinheiro, para evitar males maiores! Vamos agora ficar à espera do comportamento de Passos Coelho, ele que dizia que se fossem aumentados os impostos votaria contra o orçamento!
2. Pergunta sobre as obras no IP 3 - Os deputados do PS entregaram na Assembleia da República, no dia 24 de Setembro, uma pergunta dirigida ao Ministro das Obras Públicas relacionada com as obras que estão a ser levadas a cabo num pilar de uma ponte sobre a Albufeira da Aguieira (Santa Comba Dão e Mortágua) e que obriga ao desvio do trânsito de pesados e à circulação condicionada para os restantes veículos.
Compreendendo a urgente necessidade de tal intervenção os deputados do PS não podem, porém, deixar de manifestar a sua preocupação face aos transtornos de ordem económica que tais obras acarretam e pretendem perceber o tempo durante o qual tais obras se vão desenvolver para que as empresas e os utentes em geral possam planear da melhor forma as suas actividades.
Assim os deputados do PS questionaram qual o prazo para esta intervenção, se há mais obras previstas para outras pontes do IP3 e qual o montante envolvido nestas obras.
3. Visita a Santa Comba Dão – No dia 27 de Setembro os deputados do PS deslocaram-se ao Lar de S. João de Areias, acompanhados pelos vereadores do PS na Câmara de Santa Comba Dão em mais uma das visitas que têm vindo a desenvolver em todo o Distrito de forma a contactarem com as realidades locais e as poderem interpretar da melhor forma.
Recebidos pelos membros da Direcção, os Deputados do PS inteiraram-se do funcionamento desta instituição que tem excelentes instalações, inauguradas em 2005, e puderam, igualmente perceber os anseios e projectos dos seus dirigentes para o futuro, nomeadamente Unidade de Vida Protegida, que irão carecer de um diálogo e de uma análise por parte da Segurança Social de Viseu com quem irão dialogar, tendo-se, os deputados comprometido a acompanhar em proximidade estas expectativas.
Ficámos igualmente a perceber que a relação entre o Governo e as IPSS’s não é de desconfiança, como disse Passos Coelho na sua recente passagem por Viseu, mas sim uma relação de confiança e de solidariedade.
Aliás nesta instituição em concreto, mas também em tantas outras, foi o anterior Governo do PS que, em 2005, veio desbloquear o pagamento de verbas que o Governo do PSD/CDS não pagava há anos e estava a colocar as instituições e os seus dirigentes, solidariamente, em ruptura financeira.
Os deputados do PS perceberam, também que todos os pagamentos, resultantes dos acordos de funcionamento, que aumentaram 10 Milhões de Euros no Distrito entre 2005 e 2009, passando de 37,5 Milhões para 47 Milhões de Euros, estão a ser pagos com regularidade o que também nos apraz registar.
Se Passos Coelho fizesse os trabalhos de casa e pensasse mais por si não cometeria tantos erros!

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...