[opinião] Escolas do distrito com requalificação adiada!

Têm sido diversas as diligências desenvolvidas para que a requalificação de várias escolas do distrito de Viseu pudesse ser operacionalizada.
Todos bem sabemos da importância que essa circunstância tem na qualidade da relação pedagógica que acontece nos espaços escolares.
Tem sido, pois, com esse objetivo que temos colocado na agenda política este assunto, o que ainda fizemos esta semana durante a audição do ministro da educação e ciência, Nuno Crato, que às perguntas colocadas, mais uma vez, nada respondeu.
Vamos, pois, aos factos, sem esgotar o problema.
A escola Grão Vasco, de Viseu, é uma escola dos anos 60 do século XX, está profundamente degradada, tem barreiras arquitetónicas, placas de fibrocimento e infiltrações de humidade em diversos locais, para além de problemas nas instalações sanitárias.
Os pais, a direção da escola, a assembleia municipal e tantos e tantos outros já denunciaram este problema, mas até agora nada.
As escolas Latino Coelho (Lamego), Joaquim Dias Rebelo (Moimenta da Beira), Viriato (Viseu), Felismina Alcântara (Mangualde) e Secundária de São Pedro do Sul, pese embora o facto de estarem contratualizadas, por parte da administração escolar, com a comunidade educativa e com as autarquias foram travadas por este governo há mais de dois anos e até agora nada.
A escola Egas Moniz (Resende) tem as obras de requalificação, que começaram em 2011, paradas há cerca de um ano estando os alunos a ter aulas em contentores há três anos, em condições degradantes e de insegurança evidente, quando a previsão de aulas naqueles espaços ser de pouco mais de um ano. Até agora nada.
A escola de Oliveira de Frades, cujas obras deveriam estar concluídas “no final do primeiro semestre de 2013”, segundo resposta escrita do ministério a uma pergunta dos deputados do PS, estiveram paradas, durante vários meses, e agora recomeçaram mas não se sabendo até quando.
É evidente que há outros problemas identificados no distrito, em matéria de necessidade de requalificação. Estes são, porém, aqueles que tinham as suas obras projetadas, previstas, em curso, ou com diligências diversas para a sua execução.
O que é facto é que o ministro da educação e ciência, o tal que queria implodir a “5 de outubro”, nenhum investimento tem efetuado nesta matéria no distrito.
Não vamos dizer que esta situação só acontece no distrito de Viseu, pois bem sabemos que não. Agora que este assunto deve exigir uma resposta concreta por parte dos governantes, lá isso não temos dúvidas. Aliás, há muitos governantes e ex-governantes que proferiram, sobre a urgência de obras em algumas das escolas supra referenciadas, declarações inflamadas.

Será que se esqueceram, entretanto? Esperemos que não, a bem das comunidades educativas!
Acácio Pinto
Correio Beirão nº7 de 2014.03.07