(Opinião) PPC e FN: o dito pelo não dito

1. Afinal o telefonema foi muito mais que isso. Foi uma longa conversa entre Pedro Passos Coelho (PPC) e José Sócrates, em S. Bento. Ou seja, PPC tomou integral conhecimento das medidas do PEC IV, antes de ele ir para Bruxelas, como se veio agora a saber pelo próprio.
Afinal o líder do maior partido da oposição não foi desrespeitado como tentou fazer crer aos portugueses durante as últimas semanas. Ele agora já diz que Sócrates o informou “pessoalmente num encontro que teve lugar em S. Bento” quando andou a dizer nos últimos tempos que apenas tinha recebido um telefonema na véspera.
2. A uma pergunta de Judite de Sousa (ainda RTP), se aceitaria integrar uma lista de deputados, Fernando Nobre (FN) disse: “Não. Categoricamente não.”
Perguntado numa outra entrevista, na SIC, por Mário Crespo, se aceitaria algum cargo partidário ou governativo, disse que nem pensar.
Um é o líder do PSD e candidato a Primeiro-ministro e o outro será o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa do PSD e candidato a Presidente da Assembleia.
Que dizer da praxis destes dois políticos que se diziam um impoluto e o outro cidadão activo?
Uma desilusão anunciada!