Opinião: Deputados do PS em Penedono

Tenho para mim que a audição das pessoas e instituições do distrito, em permanência, é, não só, uma obrigação como uma necessidade e uma exigência que se coloca a qualquer deputado que queira exercer a sua função em proximidade e com conhecimento concreto do que se passa no país.
É dentro desta premissa e desta interpretação que fazemos do papel de deputado que esta semana me desloquei a Penedono, conjuntamente, com o deputado Paulo Barradas, onde efectuámos um conjunto de reuniões de trabalho com agentes políticos locais e com instituições.
Em Penedono efectuámos reuniões de trabalho com: i) vereadores do PS na Câmara Muncipal; ii) Presidente da Câmara; iii) Presidente da Direcção e Comando dos Bombeiros Voluntários de Penedono.
A finalidade destas reuniões era a de ouvir alguns intérpretes privilegiados da observação da realidade local.
Das reuniões efectuadas, quer com os vereadores do PS, quer com o Presidente da Câmara, quer com os Bombeiros, constatámos que existe um problema central que afecta as populações locais e que tem a ver com a Saúde e que decorre do facto de o concelho ter passado a estar integrado na ARS Norte ao contrário do que acontecia até há cerca de um ano atrás, em que estava integrado na Sub-região de saúde de Viseu e ARS-Centro. De referir, aliás, que este problema já nos havia sido reportado, oportunamente, pelos vereadores do PS e que não se resume, exclusivamente, a Penedono, mas também a Sernancelhe e a Moimenta da Beira.
Deste facto resulta que os doentes deste concelho, mas também de Sernancelhe e Moimenta da Beira, passaram a ter que ir efectuar os seus tratamentos e exames de saúde aos Hospitais integrados na NUT II Norte, ou seja, Vila Real (Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro) e não ao de Viseu que para além de ser mais perto é aquele Hospital para onde, nestes casos, sempre se deslocaram e para onde existe uma rede de transportes públicos regulares, o que não acontece para Vila Real.
Daqui resulta que os doentes que queiram ir a Viseu efectuar exames ou tratamentos médicos não têm asseguradas as comparticipações e consequentemente os Bombeiros não têm visto os transportes pagos a não ser quando se trata de urgências, em que este problema não se coloca.
Na sequência da inventariação deste problema os deputados do PS apresentaram-no à Administração Regional de Saúde do Centro, cujo Presidente se comprometeu a reunir, brevemente, com o seu homólogo da ARS Norte e com o Governador Civil de Viseu de forma a equacionarem uma solução para esta situação.
Mas importa, ainda, referir as acessibilidades. Nesta matéria o Presidente da Câmara congratulou-se com o bom curso das obras do IC 2, entre Trás-os-Montes e Celorico da Beira e com o facto de o IC 26 se encontrar em avaliação estratégica. Contudo, não quis deixar de nos apresentar a necessidade de uma intervenção na EN 229 na área do seu município.
Finalmente, importa também fazer eco de que os Bombeiros nos manifestaram a vontade de poderem vir a constituir uma EIP (Equipa de Intervenção Permanente) em parceria com a ANPC e a Câmara Municipal, sendo que, segundo eles, a Câmara Municipal ainda não aderiu a esta parceria.
(Publicado: Diário de Viseu)